Bem, eu tenho pavor de agulha, né. Eu, realmente, faço escândalo nos laboratórios quando tenho que tirar sangue ou tomar injeção.
Mandaram eu ir para uma sala de observação e lá tinha um velhinho, já muito doente, sofrendo de dor. Fiquei um pouco chocada, porque ele tava no soro, mas gemia de dor. Até rezei [eu nunca rezo] pra que ele melhorasse, porque estava ficando agoniada sem poder ajudar. Aí fiquei deitada na cama lá, esperando o tio. Aí entrou uma tia, com pressão alta, e tinha que ficar lá esperando o efeito do remédio. Até que chegou o enfermeiro. Coitado, ele tinha uma boa afeição, parecia ser uma boa pessoa, mas eu comecei a chorar desesperadamente. E forçando pra não gritar, porque não queria assustar o velhinho da outra ponta. Aí pedi, por favor, pelamordedeus, que não tirasse meu sangue e talz e minha mãe sempre fica sem saber o que fazer, fala pra eu não passar vergonha. Mas, não deu. O tio disse pra eu me acalmar que voltaria mais tarde. Nisso, chegou um casal que ficou vegetando, e também assustado por estarem entre uma chorona e um velhinho sofrendo de dor. Aí meu pai chegou, tentou me acalmar e tudo mais. O tio voltou de novo, eu fiz escândalo e ele disse que chamaria o médico pra conversar comigo. Mais conversa com meu pai e eu me acalmei, mas não relaxei. O médico passou lá, falou que eu não precisava fazer, mas que era melhor, mas meu pai já tinha me convencido. Aí combinei tudo com meu pai o que era pra fazer no momento da agulha. Então veio outro velhinho, de maca, de emergência e logo depois que colocaram ele na cama [que foi uma confusão que me distraiu], o enfermeiro chegou e tirou o meu sangue. Mordi a mão, meu pai me tapou. Doeu do mesmo jeito, mas pelo menos tentei me distrair com a dor da mão. Enfim. Aí minha mãe ficou batendo papo com o filho do outro velhinho que tinha chegado, e descobriu que era colega de infância dela e tudo mais.
Aí resolvi sair. Apesar de estar morrendo de cabeça e tonta, eu saí. Sabendo que, tinha um médico da UTI atendendo a emergência [ou seja, um médico pro hospital inteiro, né], uma pediatra que só podia atender até os 12 anos, que tinha dois velhinhos sofrendo de dor, e que eles davam prioridades pra emergência [óbvio]. Ou seja, o hospital tava uma bagunça, uma confusão. E é indo pra área de espera que começo a me estressar mentalmente...
sábado, 1 de maio de 2010
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