quarta-feira, 24 de março de 2010

BBBanal

Eu não gosto de Big Brother, mas como minha mãezinha é viciada, acabo sabendo quem são as pessoas e o que tá acontecendo lá dentro. E por não assistir, não sei ao certo quem é bom e quem é ruim. Acontece que acabo acompanhando pela internet e pelo pêipêrviu quando minha mãe assiste. As primeiras edições foram bonitinhas, legaizinhas, e sempre o pobrinho que ganhava, mesmo que ele fosse fofoqueirinho ou fosse um vagabundinho mesmo. Ganhava porque ele era pobrinho, oras. E quando não era pobrinho, era um manézinho tosco que teve um romance bonito.
Os últimos BBB foram ruins de dar dó. E super previsíveis. Ganharam pessoinhas que não fizeram nada de interessante na casa, nem ruim, nem bom. Ganharam apenas porque as outras pessoas não mereciam. Essa edição foi mais diversificada, polêmica e sempre sendo "esquentada" pelo apresentador que manipula os participantes de modo que aja algumas intriguinhas. Da mesma forma que a querida Globo edita de forma "justa". Será mesmo justa?
Quiseram apimentar a edição colocando gays assumidos. Mas não um, e sim 3 ou 10, não sei. Nas outras edições as pessoas que eram gays nem se assumiam nem nada por medo, repulsa. Tirando aquele que praticamente ganhou por ser gay. Mas nada contra os gays, tiraremos eles da história porque o foco é outro. Também colocaram pessoinhas da internet. Oras, o grande público internauta sabe quem são e o público não-internauta que se dane por não saber. E sempre colocando rostinhos bonitos, corpinhos sarados. E ainda colocaram dois participantes antigos. Uau! Essa é uma edição pra marcar!
Não, não é. O pouco que vejo e leio me fez perceber que só tem os "vilões" na casa neste momento. Os que era bons e mereciam ganhar saíram. Certo, deixa eles lá na Playboy. "Ué, mas como os vilões podem ganhar o BBB? Realmente, não há justiça nesse mundo." Será?!
Minha mãezinha adoora o ex-BBB Dourado. E eu pergunto: "Por quê?" (Afinal, na edição que ele participou ele era o vilãozão que namorava uma bobinha que acabou colocando-o no tal paredão, porque abriu os olhos em relação ao rapaz. )
Ela responde: "Ah, porque ele é o mais sincero, honesto, fala na cara e pede desculpas quando tem que pedir."
Aaah, entendi. Então os mais justos, honestos, sinceros e verdadeiros é que ganham o coração do Brasil.
Mas aí digo para minha mãe: "Mas mãe, pra ele é fácil! Ele já participou do BBB antes! Sabe como são as coisas!"
Ela diz: "Os outros também sabem como são as coisas."
Eu me calo, porque não posso discutir com alguém que entende mais da coisa que eu. Mas pensei numa coisa. Se os outros sabem como se joga, então todos deveriam estar empatados, talvez. E mesmo não empatando, eles não deveriam ser odiados, talvez. Mas quem se importa? O que importa é que o tal do Dourado sabe como se joga sim! Ele sabe o que fazer, ele já esteve lá, já sentiu na pele como é conviver com pessoas desconhecidas. E por essa (talvez pouca) experiência, ele sabe como agir, sabe onde errou e por isso não deve errar de novo.
Oras, quem diria o vilãozinho virou amado. As pessoas mudam, não? Mas quem garante que ele não está fingindo, encenando? Afinal, acredito no que o House diz: Pessoas não mudam. Mudam um pouco, mas não totalmente.
Ou será, então, que a produção do programa, sempre esperta, editou tudo o que tinha que editar? Assim como nos outros BBB, que eu reparei um bocado, a produção edita de forma que possa manipular o telespectador. Ou manipulando a votação (que às vezes acho até provável, já que seria mais "justo" editar/manipular que mudar a votação. Pra eles é fácil. Pra Globo é fácil. Mas talvez, por ser uma edição diversificada, eles resolveram diversificar na edição também, né?!
E conversando novamente com minha mãe, ela diz: "Mas acho que quem vai ganhar ali é o Cadu".
Tá, eu não assisto BBB. Mas posso expor minha opinião analisada. Façam o que quiserem, coloquem pessoas-caricaturas que quiserem, editem o que quiserem. No final das contas, quem sempre ganha é o último da lista de não merecedores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário